Chegas a casa depois de um dia ruim. Deixas de fingir que nada te afecta, que nada te magoa. Lentamente, uma, duas, três lágrimas abandonam os teus olhos e deslizam pela tua face.
Entras no teu quarto, trancas a porta. Ligas a música e desligas-te dos problemas que deixaste para lá daquela porta.
Começas a ouvir aquela música deprimente, porém a que é a única que naquele momento parece entender tudo o que estás a sentir. Começas a cantá-la, como se ela fosse um remédio para a tua dor. Como se ela fosse a solução.
Notas que ela deixou de ser tão deprimente quando a julgavas ser. Afinal, ela mostra-te que todos temos a força para consertar todas as peças partidas. Ela, no seu desenrolar, mostra-te que, na escuridão, haverá sempre uma luz. A luz que te guiará. A luz que te mostrará o que realmente importa. A luz que te levará de novo para 'casa'. A luz que te faz perceber que tudos os erros te ajudam a crescer.
Quando ela acaba, tu estás diferente. Onde antes deslizavam lágrimas, forma-se um sorriso. Um sorriso verdadeiro.
Levantas-te, destrancas a porta, e sais.
Sais e enfrentas os teus problemas, de frente, sorrindo.